Ganhos chegam ao dobro do próprio salário em “vantagens eventuais”
A crítica aos chamados “penduricalhos”, que fazem os salários no Judiciário alcançarem cifras bem acima do teto constitucional para o serviço público (hoje de R$ 33.763), é a bandeira do procurador federal Carlos André Studart, que decidiu elaborar um levantamento que mostra as remunerações que ultrapassam, e muito, o teto.
Studart alerta que o Judiciário pode ficar ainda mais oneroso aos cofres públicos caso seja aprovada pelo Congresso Nacional a reforma da Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que prevê a criação de mais privilégios à magistratura, como o adicional de até 35% por tempo de serviço – a cada cinco anos trabalhados são 5% de reajuste. O anteprojeto prevê também a criação de auxílios creche, alimentação e transporte aos magistrados. Há ainda a sugestão de que o poder de reajustar os salários dos integrantes da Corte seja transferido do Congresso para o STF.
Com o subsídio de R$ 28.280, o salário final de um dos juízes chegou a R$ 85.322 num único mês. Studart cita ainda a longa lista de benesses criadas para inflar ainda mais os supersalários dos magistrados: auxílio-educação, auxílio-livro, auxílio-transporte, auxílio-moradia, auxílio-saúde e muitos outros, rotulados com caráter indenizatório […] Saiba mais
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