…filiados estão cansados da tutela sindical
Especialistas acreditam que haja uma distância entre trabalhadores e cúpulas sindicais, mais preocupadas com cargos em governos. Para o cientista político Rudá Ricci, a tensão que ocorre hoje entre base e a cúpula é resultado de um sindicalismo que se preocupou mais em se alinhar ao governo, ocupar cargos nas estatais e em incorporar pautas distantes do dia a dia dos trabalhadores. Essa transformação que ganha força no Brasil já ocorreu nos anos 1990 na Europa.
“O que vemos agora nas ruas é uma radicalização de movimentos, que tendem a se acentuar. Ainda é cedo para avaliar quem ganha e quem perde, mas as principais centrais sindicais vão reagir.” Para Ricardo Antunes, professor da Unicamp, a greve deve ser analisada no contexto de insatisfação crescente desde os protestos de 2013. Para Luiz Antonio Medeiros* o sindicalismo está atrasado:
Os dirigentes deviam prestar menos atenção em recursos [contribuições sindicais] e mais na corrente que vem de baixo […] Saiba mais
* ex-líder da Força e que hoje representa o Ministério do Trabalho em SP.
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