A aprovação do PLC 50 encerra (mais uma) rodada de um longo e constante ciclo de tentativas de negociação entre a categoria fiscal e o governo. A postura adotada pelos representantes classistas rendeu frutos, pequenos, mas rendeu. Para quem conhece bem a história pode afirmar que saímos no lucro, minguado, mas lucro (ou menos prejuízo com as correções). Apesar de não ter vingado, neste momento, as principais aspirações, AT para internos e fim do nível I (Emendas 2 e 5), a estratégia adotada em procurar a negociação, por parte da categoria, sem partir para a exposição pública, ataques gratuitos e ameaças, rendeu, por exemplo, a correção do quesito pro-labore e PR na licença-prêmio.
O governo dialogou, à sua maneira, formando uma mesa de negociação em três ocasiões lideradas pelo líder dep. Barros Munhoz.
A surpresa foi o sumiço do AFR dep. Vitor Sapienza, visto que patrocinava as Emendas 2 e 5, mas… em política (quase) tudo é mistério…
Por outro lado, faltou a convocação para os duzentos aposentados, que realizaram o tradicional almoço na sede da AFRESP no mesmo dia da votação. Sem dúvida o plenário (quase vazio), com eles, teria transmitido (pelo menos) a imagem de união da categoria em torno dos pleitos ali debatidos.
Em resumo, parece que estamos amadurecendo e caminhando para a sintonia fina de um equilíbrio nas relações políticas. Pode ser devagar, devagarinho, mas já é um avanço. Pra avançar mais é necessário, antes, fazer a lição de casa, como tenho dito.
Íntegra da Emenda aglutinativa n. 57/2013
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