Luis Moreno*
Passaram-se 40 anos desde que James Tobin, em 1971, propôs um imposto sobre transações financeiras (ITF), como uma alternativa para combater a especulação dos grandes fluxos de capital financeiro a nível mundial. Hoje em dia, esse imposto, amplamente debatido, criticado, aplaudido e rebatizado como o imposto Robin Hood, em alusão ao personagem histórico que tirava dos ricos par dar ao pobres, é tecnicamente factível e viável, de acordo com numerosos estudos e informes internacionais. Por exemplo, a Comissão de Técnicos sobre as reformas do Sistema Monetário e Financeiro Internacional (“Comissão Stiglitz”) das Nações Unidas, propôs uma taxa de serviços financeiros como ferramenta para dar estabilidade e sustentabilidade ao financiamento do desenvolvimento e, de outro lado, contribuir para estabilizar os mercados.
Finalmente as proposta do imposto sobre transações financeiras chegou este ano (2011) à Sexta Cúpula do Grupo dos Vinte (G20), realizada em Cannes, França, das mãos do (então) presidente francês Nicolas Sarkozi e da chanceler alemã Ângela Merkel, gerando muita expectativa por parte das organizações sociais, de intelectuais e até das pessoas mais ricas do planeta, já que foi a primeira vez que o G20 tomaria uma decisão a respeito de um imposto global.
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*Economista peruano da Rede Latinoamericana sobre Dívida, Desenvolvimento e Direitos – Latindadd